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domingo, 23 de janeiro de 2011

A Origem e utilização do Alimento

Acredita-se que a maior parte do alimento que comemos hoje em dia foi originada nos territórios da América do sul e Asia. A migração de espécies cultiváveis para consumo humano iniciou-se com a colonização dessses continentes e com o comércio de mercadorias, pelo menos 80% da dieta do mundo moderno é proveniente de Florestas Tropicais.

 O  inhame o gengibre e o coco foram trazidas do sudeste da Ásia, a banana, ao contrário do que muitos pensam, também veio de lá e foi levada para a África e posteriormente para as Américas. O amendoim fez o caminho inverso surgiu na América do Sul e foi levado para a Africa Ocidental. A berinjela proveniente da Índia, assim como a laranja que também pode ter vindo da China foram levadas para o Oriente médio, onde surgiu a melancia. A batata doce, a inglesa ( não deveria se chamar assim), o girassol, a mandioca, o maracujá, o tomate originaram -se na America do sul, o milho em outras partes do continente americano também. A maça originou-se na Ásia central.

Pelo menos 3000 frutas são encontradas nessas florestas úmidas, destas, somente 200 são utilizadas pela maioria da população do mundo ocidental, porém os índios e comunidades tradicionais que habitam esses centros de diversidade fazem uso de mais de 2000 espécies. Os alimentos vegetais provam ser melhor que os de origem animal no suprimento de proteína e ferro, ao mesmo tempo que oferecem grande diversidade de cores, sabores e texturas.

Combinações como feijão com arroz, grão-de-bico com gergelim ou manteiga de amendoim e pão de trigo integral, suprem além das proteínas, uma variedade de vitaminas e minerais essenciais ao nosso corpo. Muitas pessoas estão abandonando hábitos alimentares saudáveis e sustentáveis pelas guloseimas industrializadas,os famosos "fast food" de hambúrgueres, batatas frita, biscoitos açucarados ou sorvetes. As pessoas não estão conscientes das implicações de uma dieta pobre em energia, apenas se dão conta do excesso de carboidratos, gorduras e açucares quando utrapassam seu peso ideal e este fato começa a atrapalhas suas atividades cotidianas ou mais tarde ainda, quando são acometidas por alguma enfermidade derivada do abuso destes componentes nutricionais.

As antigas gerações de comunidades nativas e povos indígenas tem  muitos segredos de saúde, beleza e vitalidade, a sabedoria tradicional sobre o uso do alimento e da cura através das plantas é utilizada como medicina preventiva por muitos gerações durante séculos. Eles classificam os solos, o clima, as espécies vegetais e animais para reconhecer suas características e utilidades especiais, tem o conecimento e nominam  plantas e insetos que ainda não foram bem identificadas por botânicos e entomologistas.

As três irmãs ocupam um lugar cerimonial e célebre no jardim dos índios americanos. São ricas na história mitológica, cultural e botânica, e complementam-se na nutrição. Milho, feijão e abóbora. O milho tem carboidratos, o feijão, proteínas e a abóbora tem vitamina A. As três irmãs fornecem a dieta básica dos nativos americanos por séculos e crescem juntas em plena harmonia.

Se você tem um espacinho de terra desocupado e deseja uma dieta mais nutritiva experimente cultivar milho, abóbora  e feijão, é relativamente fácil, só é necessário escolher as espéces certas. O milho precisa ser alto e robusta, forte o suficiente para suportar os feijões. Os feijões precisam ser de trepadeira para subir no milho, e a abóbora forma uma cobertura de solo bem espessa. Um passo importante para uma vida mais sustentável é produzir parte de seu alimento, da próxima vez que você catar feijão ou comer abórbora jogue as sementes no solo e veja no que dá...

Consumo Humano

O consumismo está se alastrando pelo mundo em um ritmo nunca visto antes, a busca pela satisfação pessoal em roupas, aparelhos eletrônicos e futilidades plásticas incrementam o comércio e aumenta os índices de crescimento econômco, principalmente em datas comemorativas como o natal, dia das mães, dos pais, da crinça ou páscoa, feriados que foram criados com o mascarado intuito financeiro. Neste processo o nosso planeta está sendo destruido pelo esgotamento de recursos naturais utilizados na fabricação destes produtos! Um futuro sustentável requer a mudança nos padrões de consumo insustentáveis permitindo a manutenção da qualidade de vida à partir de novos hábitos.



Viver ambientalmente intgrado não significa que você vai viver no mato e subsistir da caça e coleta como os nômades do passado, mas sim conduzir a vida e as as atitudes de forma mais consciente, ao fazer compras dar preferência a produtos que tenham uma vida útil maior, de fabricação ou produção local, de fácil conserto  ou armazenagem esqueça os descartáveis eles são os maiores vilões no processo de degradação ambiental.

A ética gera muitas idéias novas que ajudam a economizar e gerar dinheiro. A escolha de produtos locais pode economizar muita energia por percorrerem menores distâncias do produtor ao consumidos, além de serem mais baratos, os alimentos são mais frescos. Com educação e escolhas adequadas, um comportamento responsável pode reduzir a produção de lixo ao favorecer produtos mais ecológicos.

Referência Bibliográfica:
LEGAN, Lúcia. A escola sustentável: eco-alfabetizando pelo ambiente. Pirenópolis: Ecocentro IPEC.2007.

Distribuição de Alimentos

Uma em cada seis pessoas no mundo passa fome e a cada cinco minutos uma criança morre por desnutrição



O que você sabe sobre o que você come? Se você está cultivando seu próprio alimento esta questão é respondida facilmente. Se você compra sua comida no supermercado pode se surpreender com a origem das mercadorias que leva para casa. Frutas, vegetais, frutos do mar, carne, chá, café, castanhas, arroz e cacau são apenas alguns produtoscomestíveis frescos, secos ou enlatados assim como os não comestíveis, petróleo, borracha, couros e lã que são transportados de um país a outro com uma repidez regular.

O New Internationalist afirma que quase todos os países do mundo poderiam facilmente alimentar toda sua população se o alimento fosse distribuido de forma justa e igualitária. A desigualdade na distribuição de comida mantém um rombo permanente nos estômagos de países em desenvolvimento. O hemisfério norte, grande consumidor de carne vermelha, força os países em desenvolvimento a produzir alimentos que sejam fáceis de vender como bananas, soja, café e grãos,  assim como ocorreu com a Etiópia em 1985 que apesar de apresentar níveis de pobreza, fome e desigualdade social muito elevados, exportou proteína suficiente para a alimentação de um milhão de pessoas por ano.



Muitos dos grãos que são cultivados e vendidos no mercado mundial é destinado às vacas que alimentam a população do hemisfério norte, a mandioca produzida na Tailândia e a soja do Brasil ajudam a alimentar o gado e fazer bifes para o "primeiro mundo". No nordeste do Brasil, de clima muito seco, as melhores terras são reservadas para esta produção, na região norte, oito milhòes de cabeça de gado devastam a Amazônia. De acordo com Nick Hildyard, da revista mencionada anteriormente, o governo brasileiro aliado ao Banco Mundial e a outros bancos de desenvolvimento dão suporte financeiro para a remoção de árvores e pessoas da região amazônica. O preço da carne agora inclui meia tonelada de floresta adulta, muitas espécies ameaçadas e o deslocamento de comunidades tradicionais.

Barreiras comerciais dos países ricos do hemisfério norte são colocadas em produtos manufaturados ou processados originados em países mais pobres. Assim as nações em desenvolvimento são praticamente obrigadas a comercializar matéria-prima a um preço muito mais baixo do que poderiam vender, além de terem que recorrer a ajuda de outros países para sustentar sua população.

A raiz da fome mundial, assim como a maioria dos problemas ambientais deve-se ao mau uso dos recursos naturais,assim como o uso de técnicas de agricultura ineficazes e poluidoras. A moderna agricultura mundial baseia o cultivo de alimentos em quatro principais culturas: trigo, milho, arroz e batata. Essas monocultura estão distruindo a diversidade biológica das plantas, gerando doenças e aumentando a quantidade de indetos que apresentam resistência a pesticidas. A criação intensiva de gado não só destrói o meio ambiente, mas também ocupa vastas extenções de terra que poderiam servir para o cultivo de alimentos tão necessários para reduzir as taxas de desnutrição e mortalidade em vários países do mundo.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sistema Insustentável

O sistema que rege o modo de vida atual da população mundial é insustentável e só se tornou possível devido ao uso e exploração em larga escala dos recursos naturais assim como pela desconsideração do custo ambiental causados pelos impactos das atividades humanas lesivas o meio ambiente.

 A evidência desses custos está agora assustadoramente clara, o acelerado crescimento da população, a redução na disponibilidade de recursos, a perda da biodiversidade, e as catástrofes climáticas ocasionadas pelas mudanças atmosféricas globais são sentidos pela populção de forma mais intensa devido a ampliação do alcance das consequências para todas as formas de vida.

Estratégias de desenvolvimento sustentável devem ser priorizadas para o cumprimento das metas estabelecidas  para a redução da emissào de gases poluentes e redução de desmatamento em áreas consideradas centros de endemismo e biodiversidade como a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e o Cerrado. O conceito de sustentabilidade começa a ser desenvolvido à partir do reconhecimento de vários fatos simples e inalteráveis que modulam nossa relação com o ambiente.

A Terra é um mega sistema integrado cujo funcionamento é resultado das atividades de seus sistemas providos de vida. Para todos os fins práticos, a única coisa que alcança a superfície do planeta é a luz do sol e nada a abandona exceto alguma energia que é irradiada de volta ao espaço. Então vamos prestar mais atenção em nossos hábitos de consumo e na nossa produção excessiva de lixo, pois ao jogarmos "alguma coisa fora" apenas estamos retirando algo que não valorizamos mais de nossa casa, do nosso convívio, não podemos simplesmente jogá-lo pra fora do planeta.

Devemos também reconhecer que o século XX foi um período único na história da exploração dos recursos naturais, desde  a segunda metade do século a população humana mais que duplicou, passamos de 2,5 bilhões para mais de 6 bilhões. Durante esse período perdemos com a erosão cerca de 1/4 da camada externas de solo e mais de 1/5 da terra cultivável do planeta devido ao utilização de técnicas inadequadas e o abuso do solo em áreas agrícolas.

Alteramos a composição química da atmosfera, derrubamos sem qualquer medida mitigatória mais de 1/3 das florestas que existiam em 1950. Quase 50% do total da produtividade fotossintética  líquida da Terra é direta ou indiretamente utilizada pelo homem. As atividades humanas têm incrementado em mil vezes a velocidade de extinção em escala mundial de tal forma que  para cada espécie que surge por evolução mais de mil desaparecem, essa perda da biodiversidade é acelerada pelas mudanças climáticas que transformam os habitats alterando o equilíbrio dos ecossistemas.

É chegada a hora de desenvolver a conscientização ecológica na sociedade, é preciso ecoalfabetizar as pessoas ensinando-as a lidar com o ambiente sem destruí-lo, a aproveitar os recursos naturais de forma ecologicamente correta e sustentável.

 

Fonte: Raven, P.H.;Evert, R.f.;Eichhorn, S.E. Biologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 6 ed., 2001.