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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Conservação da Biodiversidade

A crescente perda da biodiversidade é  derivada das ações antropogênicas degradantes, que, desde a época das revoluções industriais, vêm causando grandes perturbações nos ambientes naturais  afetando o equilíbrio ecológico e a  qualidade ambiental em áreas que deviam ser preservadas. A conservação de comunidades biológicas intactas  é o método  que apresenta maior eficácia  na presenvação da biodiversidade, deve ser desenvolvido á partir do estabelecimento de áreas protegidas, restauração de habitats degradados e da implementação de medidas conservacionistas  fora das áreas protegidas.

Ambientes isolados ou que localizam-se em áreas de difícil acesso a humanos, como as profundezas oceânicas e no dossel das grandes árvores das florestas tropicais,  ainda mantém um grau de conservação bem mais elevado que as encontradas em regiões habitadas e cultivadas pelo homem. Os esforços para a conservação da biodiversidade frequentemente são direcionados à espécies em declinio ou ameaçadas de extinção. Frequentemente as causas de extinção de espécies estão estreitamente relacionadas à alguma atividade lesiva ao meio ambiente desenvolvida por humanos.

 Dentro de uma comunidade biológica algumas espécies são  importantes para a manutenção do equilíbrio ambiental pois afetam sua organização  em um grau elevado determinando a persistência, ou não, de muitos indivíduos, essas espécies são denominadas espécies- chave. Os predadores de topo na cadeia alimentar estão entre as espécies-chave mais óbvias, a perda de um pequeno número de predadores pode afetar dramaticamente a paisagem local ocasionando uma série de extinções, conhecidas como extinções em casacata, evento que resulta na degradação ecossistêmica e em uma significativa  perda da biodiversidade.

Parques Nacionais e Santuários de Vida Selvagem têm sido criados para proteger as denominadas "espécies carismáticas", que cativa o público, tem valor simbólico é essencial para o ecoturismo. Algumas delas são: o mico- leão dourado (Leontopithecus rosalia), o mono-carvoeiro (Brachyteles aracnoides), o uacari ( Cacajao calvus calvus), o lobo guará (  Chrysocyon brachyurus ), a onça pintada (Panthera onça), a ararinha azul (Cyanopsita spixii ), o boto rosa ( Sotalia fluviatilis), o tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla).

A melhor estratégia para a proteção a longo prazo da diversidade biológica é a preservação de comunidades naturais e populações em ambiente selvagem, conhecida como proteçao in situ; Somente na natureza as espécies são capazes de dar continuidade ao processo de evolução adaptativa à um ambiente em mutação dentrode seu habitat. O perigo da dependência da conservação apenas nas áreas de Reserva e Parques é que esta estratégia de conservaçào pode criar um "estado de sítio" onde a proteção não abrange as populações que habitam nas adjacências das áreas protegidas restringindo-se ás espécies encontradas dentro dos limites físicos e geográficos estabelecidos na criação da área protegida.

As estratégias que conciliem as necessidades humanas aos incentivos de conservação de espécies raras e sob ameaça ex-situ com a conscientização da população devem ser priorizadas nos planos de conservação da biodiversidade  para que o sucesso destes programas venham contribuir para a manutenção e o equilíbrio ecológico dos últimos ambientes naturais remanescentes.

Referências Bibliográficas:
 Primack, R. B. & Rodrigues, E. Biologia da conservação. Londrina. 2001. 328p

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Biodiversidade

Diversidade Biológica, termo definido pelo Fundo Mundial para a Natureza (1989) como "a riqueza da vida na terra, os milhões de plantas, animais e microorganismoss, os genes que eles contêm e os intricados ecossistemas que eles ajudam a construir no meio ambiente", considera a variação genética entre organismos da mesma espécie, ecossistemas e comunidades

A diversidade genética é uma estratégia eficaz e extremamente necessária para que qualquer espécie mantenha sua vitalidade reprodutiva, aumente a resistência a enfermidades e desenvolva habilidades para adaptação em caso de perturbações ecológicas. Em plantas e animais é especialmente importante devido a necessidade humana de desenvolvimento, manutenção e melhorias gênicas de espécies agrícolas modernas. A diversidade em nível de comunidade representa a resposta das espécies em relação as diferentes condições ambientais e climáticas encontradas nos mais diversos habitats da Terra.

Em seu nível mais simples a diversidade tem sido definida como o número de espécies encontrados em uma comunidade, uma medida conhecida como riqueza de espécies. O núnero de espécies em uma única comunidade é definido como diversidade alfa que cheega próximo ao conceito de  riqueza de espécies e pode ser utilizado para comparar a quantidade de espécies em ecossistemas diferentes. Os ambientes que apresentam maior riqueza de espécies são as florestas e os grandes lagos tropicais, os recifes de corais e uma das áreas menos exploradas no mundo: as profundezas dos oceanos. Existe também uma abundância de espécies  em habitats tropicais secos como as florestas estacionais e o cerrado bem como em regiões temperadas de arbustos de clima mediterrâneo.

Em quase todos os grupos de organismos os índices de riqueza de  vão aumentando em direção aos trópicos. As florestas tropicais são os ambientes que, embora ocupem apenas 7% da superfície terrestre, contém mais da metade de espécies de todo o mundo,  devido a abundância de organismos de uma única classe:  a dos insetos. Fatores históricos influenciam na distribuição da riqueza de espécies uma vez que em áreas geologicamente mais velhas as espécies tiveram mais tempo para evoluir e adaptar-se bem como para receber exemplares dispersos a partir de outras partes do mundo. A riqueza de espécies de corais é consideravelmente maior no Oceano Indico e Pacífico Ocidental do que no Oceano Atlântico, que é geologicamente mais novo.

Em comunidades terrestres, a diversidade alfa aumenta nas áreas mais baixas, com o aumento da radiação solar e precipitação, bem como em áreas de topografia complexa, pois ocorrem condições de solo com limites bem demarcados para o isolamento genético, adaptação local e especiação. Comunidades biológicas completamente novas ainda estão sendo descobertas em áreas remotas e inacessíveis a humanos. Projetos de cunho conservacionista tem  apoiado  o desenvolvimento de técnicas especializadas para descobrimento, identificação  e catalogação de novas espécies e estruturas organizacionais de comunidades, particularmente em alto mar e nas copas das árvores das florestas tropicais.

Referências Bibliográficas:
 Primack, R. B. & Rodrigues, E. Biologia da conservação. Londrina. 2001. 328p