quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Biodiversidade

Diversidade Biológica, termo definido pelo Fundo Mundial para a Natureza (1989) como "a riqueza da vida na terra, os milhões de plantas, animais e microorganismoss, os genes que eles contêm e os intricados ecossistemas que eles ajudam a construir no meio ambiente", considera a variação genética entre organismos da mesma espécie, ecossistemas e comunidades

A diversidade genética é uma estratégia eficaz e extremamente necessária para que qualquer espécie mantenha sua vitalidade reprodutiva, aumente a resistência a enfermidades e desenvolva habilidades para adaptação em caso de perturbações ecológicas. Em plantas e animais é especialmente importante devido a necessidade humana de desenvolvimento, manutenção e melhorias gênicas de espécies agrícolas modernas. A diversidade em nível de comunidade representa a resposta das espécies em relação as diferentes condições ambientais e climáticas encontradas nos mais diversos habitats da Terra.

Em seu nível mais simples a diversidade tem sido definida como o número de espécies encontrados em uma comunidade, uma medida conhecida como riqueza de espécies. O núnero de espécies em uma única comunidade é definido como diversidade alfa que cheega próximo ao conceito de  riqueza de espécies e pode ser utilizado para comparar a quantidade de espécies em ecossistemas diferentes. Os ambientes que apresentam maior riqueza de espécies são as florestas e os grandes lagos tropicais, os recifes de corais e uma das áreas menos exploradas no mundo: as profundezas dos oceanos. Existe também uma abundância de espécies  em habitats tropicais secos como as florestas estacionais e o cerrado bem como em regiões temperadas de arbustos de clima mediterrâneo.

Em quase todos os grupos de organismos os índices de riqueza de  vão aumentando em direção aos trópicos. As florestas tropicais são os ambientes que, embora ocupem apenas 7% da superfície terrestre, contém mais da metade de espécies de todo o mundo,  devido a abundância de organismos de uma única classe:  a dos insetos. Fatores históricos influenciam na distribuição da riqueza de espécies uma vez que em áreas geologicamente mais velhas as espécies tiveram mais tempo para evoluir e adaptar-se bem como para receber exemplares dispersos a partir de outras partes do mundo. A riqueza de espécies de corais é consideravelmente maior no Oceano Indico e Pacífico Ocidental do que no Oceano Atlântico, que é geologicamente mais novo.

Em comunidades terrestres, a diversidade alfa aumenta nas áreas mais baixas, com o aumento da radiação solar e precipitação, bem como em áreas de topografia complexa, pois ocorrem condições de solo com limites bem demarcados para o isolamento genético, adaptação local e especiação. Comunidades biológicas completamente novas ainda estão sendo descobertas em áreas remotas e inacessíveis a humanos. Projetos de cunho conservacionista tem  apoiado  o desenvolvimento de técnicas especializadas para descobrimento, identificação  e catalogação de novas espécies e estruturas organizacionais de comunidades, particularmente em alto mar e nas copas das árvores das florestas tropicais.

Referências Bibliográficas:
 Primack, R. B. & Rodrigues, E. Biologia da conservação. Londrina. 2001. 328p

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