A crescente perda da biodiversidade é derivada das ações antropogênicas degradantes, que, desde a época das revoluções industriais, vêm causando grandes perturbações nos ambientes naturais afetando o equilíbrio ecológico e a qualidade ambiental em áreas que deviam ser preservadas. A conservação de comunidades biológicas intactas é o método que apresenta maior eficácia na presenvação da biodiversidade, deve ser desenvolvido á partir do estabelecimento de áreas protegidas, restauração de habitats degradados e da implementação de medidas conservacionistas fora das áreas protegidas.
Ambientes isolados ou que localizam-se em áreas de difícil acesso a humanos, como as profundezas oceânicas e no dossel das grandes árvores das florestas tropicais, ainda mantém um grau de conservação bem mais elevado que as encontradas em regiões habitadas e cultivadas pelo homem. Os esforços para a conservação da biodiversidade frequentemente são direcionados à espécies em declinio ou ameaçadas de extinção. Frequentemente as causas de extinção de espécies estão estreitamente relacionadas à alguma atividade lesiva ao meio ambiente desenvolvida por humanos.
Dentro de uma comunidade biológica algumas espécies são importantes para a manutenção do equilíbrio ambiental pois afetam sua organização em um grau elevado determinando a persistência, ou não, de muitos indivíduos, essas espécies são denominadas espécies- chave. Os predadores de topo na cadeia alimentar estão entre as espécies-chave mais óbvias, a perda de um pequeno número de predadores pode afetar dramaticamente a paisagem local ocasionando uma série de extinções, conhecidas como extinções em casacata, evento que resulta na degradação ecossistêmica e em uma significativa perda da biodiversidade.
Parques Nacionais e Santuários de Vida Selvagem têm sido criados para proteger as denominadas "espécies carismáticas", que cativa o público, tem valor simbólico é essencial para o ecoturismo. Algumas delas são: o mico- leão dourado (Leontopithecus rosalia), o mono-carvoeiro (Brachyteles aracnoides), o uacari ( Cacajao calvus calvus), o lobo guará ( Chrysocyon brachyurus ), a onça pintada (Panthera onça), a ararinha azul (Cyanopsita spixii ), o boto rosa ( Sotalia fluviatilis), o tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla).
A melhor estratégia para a proteção a longo prazo da diversidade biológica é a preservação de comunidades naturais e populações em ambiente selvagem, conhecida como proteçao in situ; Somente na natureza as espécies são capazes de dar continuidade ao processo de evolução adaptativa à um ambiente em mutação dentrode seu habitat. O perigo da dependência da conservação apenas nas áreas de Reserva e Parques é que esta estratégia de conservaçào pode criar um "estado de sítio" onde a proteção não abrange as populações que habitam nas adjacências das áreas protegidas restringindo-se ás espécies encontradas dentro dos limites físicos e geográficos estabelecidos na criação da área protegida.
As estratégias que conciliem as necessidades humanas aos incentivos de conservação de espécies raras e sob ameaça ex-situ com a conscientização da população devem ser priorizadas nos planos de conservação da biodiversidade para que o sucesso destes programas venham contribuir para a manutenção e o equilíbrio ecológico dos últimos ambientes naturais remanescentes.
Referências Bibliográficas:
Primack, R. B. & Rodrigues, E. Biologia da conservação. Londrina. 2001. 328p
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